Um texto escrito pela pior das pecadoras, no caso eu mesma.
A última vez que escrevi algo para o blog a ponto de chegar
a postar foi no final do ano passado. Fique pensando o porque eu não estava
escrevendo mais, porque eu sentia que minha palavra era tão insignificante, e
cheguei a uma única conclusão, de fato ela é, toda palavra que é só minha é
insignificante mas quando eu falo sobre algo que gira além do meu umbigo, então
sim eu estou falando sobre algo. Sei que não é o ideal, mas antes de eu
escrever qualquer texto voltado para questões de estudos acho que precisava e
preciso fazer um desabafo com vocês. E o desabafo é sobre expectativas.
Criamos expectativas para absolutamente tudo na vida, no
trabalho, nos estudos, na vida sentimental, familiar e até sobre nós mesmos.
Mas nem sempre essas expectativas são supridas como gostaríamos, e fiquei
pensando o porque temos que errar tanto, e cheguei a conclusão que o grande
problema está em não sermos vulneráveis o suficiente para assumirmos nossas
imperfeições.
Acontece que imperfeições para sociedade não é algo legal de
se mostrar, e eu não estou falando de imperfeições aceitáveis, falo daquelas
que estão escondidas em nossos corações, que ninguém conhece se não Deus. O
problema disso é agirmos como se nem Deus pudesse ver, como se aquilo não
existisse em você, mas uma hora ou outra isso aparece, porque nós somos o que
somos, e ninguém consegue sustentar uma máscara por muito tempo. Uma hora vai
aparecer em um comentário que você solta sobre alguém, uma hora vai aparecer em
uma atitude sua, justamente para você e eu percebamos que nós precisamos
trabalhar nossas fragilidades como fragilidades que não dever ser ignoradas.
Que está tudo bem em não ser perfeito.
Não podemos nos esconder, não podemos mascarar nosso sorriso
quando a alma está em pedaços. Esses dias uma pessoa me fez uma pergunta que
talvez ela não tenha percebido, mas me machucou profundamente, fiquei pensando “o
que essa pessoa pensa que eu sou? O que ela pensa que estou fazendo?”. E fiquei
pensando como muitas vezes caminhamos sozinhos e não somos compreendidos. As
vezes no trabalho, as vezes na igreja ou em qualquer lugar que exija um ciclo
relacional. Fiquei pensando, se eu mostrasse todo meu coração, o que as pessoas
falariam, fiquei pensando que na verdade a maioria não presa por ter uma
conexão real com você, e como isso é triste, como é triste perceber que existem
pessoas tão vazias, e sabe se lá por que. Mas também pensei no presente que é
ganhar pessoas com conexões reais, e pensando em conexão real, me lembrei do
Senhor.
Conheço uma massa de pessoas que estão extremamente machucadas
pela igreja, e me pergunto e te pergunto, é justo? É justo isso com o Senhor? E
nesse ponto que faço uma amarração sobre tudo que disso no inicio sobre expectativas
que são criadas em coisas que não deveríamos criar, em pessoas. E é tão triste
isso, mas é verdade, pessoas são falhas e vivemos a consequência de um mundo
caído. E qual a solução? Gostaria aqui nesse ponto do texto citar as palavras
de Spurgeon que tem no prefácio do livro “Dia a dia com Spurgeon”:
“Spurgeon buscava um relacionamento genuíno com Cristo. Por
isso, dos 14 aos 16 anos, passou por uma crise a respeito da salvação. A
convicção de pecado perturbava sua alma. Por seis meses ele visitou igrejas, orou
e lutou contra a condenação que sentia. Certo dia, devido a uma nevasca,
deteve-se em uma congregação, onde ouviu um simples sapateiro levantar-se e
ler: “Olhai para mim e sede salvos...” (Isaías 45:22). O pregador repetia a
passagem e dizia: “Olhai para mim, e não para vocês mesmos. Olhai para mim,
pendurado na cruz, olhai para mim, morto e sepultado.” Em seguida, fixando os
olhos em Spurgeon, disse: Moço, olhe para Jesus! Olhe agora”! Spurgeon olhou
para Jesus com fé e arrependimento e foi salvo. Por toda sua vida jamais deixou
de olhar para seu Senhor e Salvador.”
Que possamos olhar para Jesus!
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